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Borderline: Tudo sobre esse transtorno de personalidade

Bárbara de Mello Barbosa

06/07/2023

transtorno de personalidade borderline

O que indica que você tem o transtorno de personalidade borderline? Veja aqui sintomas, os tipos de borderline e os tratamentos possíveis.

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Bárbara de Mello Barbosa

Bárbara é especialista em terapia cognitiva e comportamental e pesquisadora. Além disso, ela acredita que é preciso ter um comprometimento de ambas as partes para uma boa melhora terapêutica. E, aqui, tudo acontece com transparência! Você pode pesquisar sobre a Bárbara através do seu CRP: 07/32415. Se quiser ver um vídeo da psi contando mais da sua experiência, clica no botão abaixo!

Você já ouviu falar em Borderline? Nos últimos tempos, o transtorno de personalidade borderline gerou bastante “burburinho” depois que algumas pessoas começaram a compartilhar seus diagnósticos nas redes sociais! Mas.. o que esse nome realmente significa?

Hoje vou te explicar o que é esse transtorno, quais são os principais sintomas que envolvem esse diagnóstico e quais são os principais tratamentos possíveis!

Ah, um importante aviso: leia esse texto com bastante cuidado porque falaremos de traços de personalidade… E todos nós podemos nos identificar um pouquinho. Mas isso não significa que podemos sair nos diagnosticando, ok? 

transtorno de personalidade borderline
Fonte: Carly Tice

O que é transtorno Borderline?

Seu nome completo é Transtorno da Personalidade Borderline! E, como o próprio nome já diz, diz sobre a personalidade do indivíduo. Mas como assim? Calma! Vou explicar mais detalhado para que possamos entender e ajudar alguém que precise 😉

Durante a infância e adolescência desenvolvemos a nossa personalidade, ou seja, a forma de pensar e agir no lugar em que vivemos. Uns são mais tímidos, outros mais extrovertidos, uns se chateiam mais fácil, outros ficam com mais raiva e assim por diante. Ou seja, todos temos uma forma particular de entender as situações e lidar com elas! E todas essas novas formas são as personalidades.

Mas onde está o problema? Já que todos temos uma personalidade diferente?

O problema acontece quando a personalidade traz sofrimento! E, para quem possui esse diagnóstico, tudo que acontece em seu mundo pessoal (pensamentos, sentimentos e comportamentos) pode trazer muito sofrimento!

Esse diagnóstico pode envolver mais impulsividade, culpa e um sentimento grande de vazio. Mas, também, o sofrimento pode ser tão intenso que faz a pessoa se machucar, provocando lesões sérias na pele. 

A autora e psicóloga Marsha Linehan, diagnosticada com transtorno da personalidade Borderline, costuma dizer que as pessoas com essa personalidade têm como se fosse uma queimadura de terceiro grau exposta, onde qualquer toque, por mais leve que seja, dói, machuca. Imagina o sofrimento!  

E é bem isso que tenho presenciado na minha prática clínica: pessoas com esse diagnóstico costumam ter um sofrimento muito intenso e uma sensibilidade maior. O que geralmente é banal e fácil de resolver para algumas pessoas, para essas não é tão simples assim. 

Então, para você psi, cuide e compreenda esse universo de emoções! Mostre-se genuinamente disposto a ajudar. Mas, nunca esqueça de impor limites, afinal, isso também é cuidado! É uma grande balança, uma hora dosamos para o lado do carinho, e em outros momentos, por amor ao paciente, também pendemos para o lado do limite.

Quem pode ter Borderline?

Bom… esse é um diagnóstico com diversas “origens” diferentes. Então, temos os fatores genéticos – ou seja, quem possui outras pessoas da família com o diagnóstico pode ter maior tendência a desenvolver. Mas, também, existe o que chamamos de fatos ambiental, que é o nosso “ao redor”. Ou seja, quem passou por uma ou diversas situações de violência na infância ou adolescência (negligência, abuso, bulllying, agressão física ou verbal) pode também desenvolver. 

Então, podemos concluir que viver ambientes invalidantes pode nos afetar profundamente. Ou seja, lugares em que nossas emoções, pensamentos e atitudes são tratados com desprezo ou indiferença são profundas feridas. Esses ambientes podem gerar um padrão de insegurança nas nossas futuras relações.

“Engole o choro”, “você não fez mais que a sua obrigação”, “você não está com sede agora”, “que medo bobo”, etc. São alguns exemplos de frases que invalidam os sentimentos da criança (e de todos nós, não é?). 

Como saber se é Borderline?  

Aqui, vou te pincelar alguns sintomas que são observados nesse diagnóstico. Mas esse diagnóstico só pode ser dado por um profissional da saúde mental (psicólogo ou psiquiatra)! Não podemos nos “autodiagnosticar” ou diagnosticar alguém próximo, ok? Isso é tarefa do profissional.

Alguns dos sintomas envolvem:

Medo de ser abandonado:

Esse abandono pode ser real ou uma sensação de que foi ou será abandonado.

Relações intensas e instáveis:

Os relacionamentos costumam ser intensos e instáveis (em alguns momentos “amam” muito e em outros “odeiam”).

Instabilidade ou distorções da autoimagem:

Uma visão pouco realista de quem se é ou com uma percepção distorcida de si Ex: se enxergar como pessoas más. 

Impulsividade:

Atitudes impulsivas de se colocar em risco! Por exemplo: uso de drogas, dirigir de forma impudente, comer muito, apostar, etc. 

Instabilidade emocional:

 Ansiedade ou irritabilidade intensa que costuma durar algumas horas.

Sentir-se vazio com frequência:

Um sentimento de vazio muito intenso, que pode ser acompanhado ou não por sentimentos de solidão. Nesses momentos pode buscar algo mais excitante para aliviar ou evitar o sentimento de vazio. 

Raiva intensa com dificuldade de controlar

Raiva gerada, principalmente, onde se sentiu abandonada ou negligenciada. E isso pode ser acompanhado de explosões de raiva, gerando agressões verbais ou até físicas. 

Pensamentos, tentativas ou ameaças de suicídio ou autolesão:

O sentimento de abandono pode gerar pensamentos que possibilitem se machucarem. Pensamentos como a própria vida não é valiosa ou que a vida é um fardo muito grande. Então, é um momento de muito desespero e muita vulnerabilidade.

Se você estiver se vivenciando pensamentos que coloquem sua vida em risco, ligue para o Centro de Valorização a Vida (CVV) – 188

Borderline e bipolar são a mesma coisa?

Já vou te responder com um grande NÃO!Hahaha! Mas podem ter muitas similaridades. 🧐 Vou te ajudar a não confundir mais! 

Vejamos… 

Borderline, como já conversamos, é um transtorno de personalidade, enquanto que bipolaridade é um transtorno de humor. E, como foi dito no texto de bipolaridade, o humor é um estado mais pontual e “menos controlável”. Na bipolaridade,  vamos flutuar entre a depressão e a euforia. Por outro lado, no diagnóstico de borderline, não podemos largar mão da nossa personalidade, então ela se mostra ali “ o tempo todo”. E por isso, traz tanto sofrimento. 

Quais tratamentos podem ajudar no Borderline?

Terapia aqui é um MUST! Não tem como fugir! Então, ter um profissional que você confie e tenha um bom vínculo vai ser o primeiro passo. Se identificar com o terapeuta e gostar de estar ali com ele, apesar dos puxões de orelha, é o principal!

Terapia

Mas, pensando em abordagens, o tratamento “padrão ouro” é a DBT (Terapia Comportamental Dialética). O objetivo é ensinar (e treinar) várias habilidades para que seja mais fácil lidar com seu sofrimento. Por exemplo, quando surge aquela vontade de machucar a si, usa-se a técnica de segurar um cubo de gelo! Ou, também, fazer uma respiração com bastante atenção ou até um exercício físico intenso! Asim, vamos dar tempo para que aquela emoção intensa passe, evitando atitudes que possam gerar riscos para si ou para os outros.

O treino dessas habilidades pode ser feito em grupo ou individualmente com um terapeuta treinado! Mas os treinos em grupo são os mais recomendados, ok?  No caso de pacientes adolescentes, os pais podem participar e, assim, ajudar o adolescente a regular suas emoções! E isso gera importantes conexões! Incrível, não é?

Medicação

Outro pilar muito importante para o tratamento é o acompanhamento de um psiquiatra! então, encontrar alguém que você confie é muito importante aqui também. 

Não existe medicação específica para esse transtorno. Ou seja, não iremos buscar a “cura”. Mas iremos cuidar dos sintomas que mais machucam. Então, pode acontecer a medicação com antidepressivos ou, também, estabilizadores do humor. Vai depender do que cada um irá precisar.  Essas medicações podem ajudar bastante a regular os momentos de raiva, tristeza e frustração! Logo, é uma importante ferramenta!

Fez sentido para você? Gostou do texto? Nos conta! 

E, se você ficou com alguma dúvida e quiser buscar tratamento psicológico, nós temos um time incrível de psicólogos para te ajudar nesse momento! Confira o THERAPY MATCH <3 

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