“Ela é tão mais bonita que eu…”, “Queria ser bem sucedida assim!”, “Como ele consegue dar conta de tudo?”, “Queria que a minha rotina fosse tão interessante quanto a dos influenciadores que acompanho no Instagram”. Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu com pensamentos como esses, ao se comparar com os outros! 😵💫
Será que a grama do vizinho é sempre mais verde mesmo? Então, se você é especialista em comparar sua vida com as de outras pessoas, vem comigo que vou te dar ótimas dicas para viver com mais leveza 🩷
🫣 Se comparar é algo natural?
A comparação é natural e faz parte da maneira como costumamos processar as informações! Como, por exemplo, quando vamos a um restaurante, comparamos um prato com o outro, pra saber qual pedido faremos. Não é mesmo? No supermercado, fazemos a mesma coisa… Chegamos e, então, comparamos o valor de dois produtos de marcas diferentes pra saber qual está com o maior custo benefício e por aí vai. Em resumo: usamos a comparação a todo tempo para tomar decisões! 🧠💡

Sobre as nossas inseguranças:
A pergunta que não quer calar: quando a comparação deixa de ser tão útil? Bom, isso acontece quando não comparamos um produto com o outro ou uma comida com outra no cardápio… E sim quando comparamos a nós mesmos com pessoas que tem bagagens e jeitos de ser e estar bem diferente dos nossos. Aliás, parece injusto, concorda? 🥲
Afinal, cada um de nós é tão único e peculiar! Esse tipo de comparação – nociva e infelizmente tão corriqueira – é prato cheio para que aquelas tão temidas inseguranças coloquem a cara no sol.
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Por que se comparar pode ser ruim?
Se comparar pode ser bem prejudicial mesmo! Isso porque costumamos comparar o nosso bastidor com o palco do outro, ou seja, comparamos o nosso inteiro com um recorte selecionado e editado da vida de outra pessoa. Resultado disso? Nos sentirmos sempre inferiores e insuficientes 😔
Como parar de se comparar com os outros?
SPOILER: Não é possível!
Afinal, nós, seres humanos, temos a necessidade emocional de nos sentirmos aceitos, conectados e pertencentes. Essa é, aliás, uma das razões que fazem nos sentirmos “ameaçados” quando achamos que alguém é melhor que nós em alguma coisa. Então, não precisa se culpar: isso vem de muito tempo atrás e nos acompanhou durante toda a evolução da espécie.
Pra ficar mais fácil de entender: a comparação acontece de forma quase que automática, afinal vivemos em sociedade e crescemos achando que precisamos provar o nosso valor a todo tempo para nos sentirmos verdadeiramente amados. Mas fica tranquilo, te garanto que ainda há luz no fim do túnel!
1. Ninguém é perfeito, mesmo que pareça! 👀
Um dos grandes antídotos contra a comparação é humanizarmos as pessoas que acompanhamos nas redes sociais ou as que conhecemos superficialmente. Afinal, querendo ou não, tendemos a colocar no pedestal pessoas que admiramos muito…
É essencial lembrarmos, então, que a imperfeição é uma característica intrínseca de todo e qualquer ser humano e que cada um mostra o que convém.
Observação: A vida de comercial de margarina é fake news, não cai nessa!

2. Foque no que você tem de melhor 🥰
Percebeu que está se comparando excessivamente? Então, vou te contar uma coisinha… Assim como quem perde o telhado pode ganhar as estrelas, perceber que a comparação excessiva está atrapalhando as nossas vidas, pode ser um convite para olharmos pra dentro e fazermos uma boa & importante autorreflexão.
Como? Revisitando a nossa história, lembrando dos nossos progressos e listando qualidades e ações diárias que fazem com que a gente se orgulhe de ser exatamente quem é <3
3. Busque o autoconhecimento
Como gostar de quem a gente não conhece? Missão impossível, não é mesmo? Então, conhecer a nós mesmos, incluindo pontos fortes e pontos de melhoria, pode ser um excelente caminho pra tentar silenciar a voz da comparação.
Pontos fortes podem ser reforçados e aperfeiçoados! Além disso, sobre o que pode ser melhorado, é aquele ditado: Reconhecer é o primeiro passo pra mudança.
4. Passe mais tempo na vida real 🫴
O quanto as redes sociais podem incentivar a comparação não está no gibi! Se a gente parar para pensar, a comparação entra em outro patamar nas redes, já que tudo passa a ser “mensurável” de algum modo: número de curtidas, número de visualizações, número de comentários, número de compartilhamentos…Ufa, cansei só de listar! E, mesmo de uma forma não tão lúcida, podemos cair na cilada de acreditar que esses números também mensuram o nosso valor e a nossa importância.
Tá, mas a saída é se isolar numa bolha sem acesso a internet? Obviamente não! Inevitável não estarmos minimamente presentes virtualmente nessa sociedade tão hiperconectada. Mas o pulo do gato é filtrar e selecionar os conteúdos que consumimos, termos senso crítico, sabe?
5. Busque inspirações saudáveis 🤩
Falando em filtrar, podemos também prestar mais atenção nas pessoas que acompanhamos (Nas redes e fora delas). São pessoas que vivem o que pregam? Têm realidades similares as nossas? Só mostram as conquistas e virtudes ou também apresentam o lado humano & vulnerável?
Acompanhar (e ter com a gente) pessoas com valores e jeitos de viver parecidos com os nossos nos aproximam bastante de uma vida que faz sentido. De uma vida em que a comparação inspira, e não deprecia <3
Como a terapia pode te ajudar a se comparar menos 🫶
Sem sombra de dúvidas, a terapia pode ser uma excelente aliada quando falamos em viver de forma mais leve e não ser tão refém da comparação! Um(a) psicólogo(a) vai te ajudar a trabalhar certos pensamentos distorcidos, bem como pegar na sua mão para desenvolver mais autoestima, autocompaixão e autoconfiança.
Sabemos o quanto a comparação pode ser prejudicial, mas nem sempre conseguimos, sozinhos(as) desenvolver as habilidades necessárias, por isso um acompanhamento profissional pode ser tão importante. Tem uma frase do livro 12 Regras Para a Vida que fala assim: “Compare a si mesmo com quem você foi ontem, e não com quem outra pessoa é hoje” e é nessa comparação que eu acredito, enquanto psi &, acima de tudo, humana.
Quero deixar aqui a indicação de um livro que propõe uma reflexão sobre a imperfeição humana e sobre o peso das comparações: “A vida perfeita não existe”, de Daiana Garbin. Pode ser um pontapé ou um convite, desses que chegam de mansinho, para te ajudar a compreender como a grama do vizinho não é sempre mais verde, ele que só mostra a parte que recebeu água.
Meu desejo genuíno é que a comparação não te distraia da própria vida! 🫶
Com carinho,
Gabi.