Acreditamos que você já tenha refletido sobre a sua imagem corporal 🥺. Esse diálogo sobre pressão estética tem surgido nos últimos anos através das redes sociais, especialmente nesse início de 2024.
O Big Brother Brasil 24 trouxe mais espaço para o debate da temática através de vários acontecimentos entre os participantes. A pressão estética atravessa a todos, principalmente mulheres, há diversos anos e continua gerando comportamentos de sofrimento e insatisfação constante com o seu próprio corpo.
Com esse texto, queremos te convidar a embarcar nesse debate com a gente de forma leve e curiosa, mas muito consciente. 🥰
Vamos nessa? 🙂
Rodriguinho e Yasmin Brunnet
Se você estava esperando uma análise detalhada desse assunto, talvez aqui não seja o lugar em que você vai encontrar (hehe).
A psicologia não pode trazer interpretações sobre pequenos recortes de comportamentos da vida de alguém. Afinal, não estaríamos levando em consideração todos os possíveis atravessamentos que ocorrem em sua história.
E, além disso, essa pessoa não poderá se beneficiar dessas hipóteses e reflexões. Então, qual seria o propósito? Seria antiético da nossa parte!
Mas, a gente pode se beneficiar muito dessa reflexão! E é isso que queremos trazer para vocês! Uma reflexão sobre como isso impacta diretamente a vida das pessoas. 💃

O que isso nos mostra?
Mas o que essa situação nos mostra? Para isso, vamos pensar juntos em como a sociedade impacta diretamente a nossa individualidade.
Nós não somos uma ilha! Logo, somos afetados e afetamos o sistema em que vivemos.
A sociedade, a cultura e a economia afetam nossas comunidades, que afetam nossa família e, por consequência, a nossa individualidade. Portanto, ao pensar em pressão estética, existe uma triste realidade: nossa sociedade exige que sejamos mulheres magras, dentro de um padrão muito específico.
Eu e você fazemos parte dessa sociedade. Assim, como sairíamos ilesas? (fica aqui o meu desejo de um abraço coletivo bem apertado 💛)
O que é pressão estética?
A pressão estética tem a ver com a nossa imagem corporal. E isso tem muuuito a ver com pressão social. Ou seja, é como o contexto social à nossa volta indica o que é considerado “belo” e “não belo”, incluindo normas estéticas físicas e outras características tal como roupas e moda.
Por ser uma construção social, ela não é algo que sempre existiu na natureza e nem é imutável. E se a gente pensar bem, essa diferença pode ser bem clara quando pensamos em cultura e tempo.
Ao longo das diferentes décadas, essas definições sofreram muitas alterações. A representação de características físicas de beleza teve uma alteração gigantesca ao longo dos anos. Sendo ainda maior se a gente pensar nos séculos passados.
E não somente ao longo dos anos, mas ainda sim no momento presente ao pensarmos em diferentes culturas. A cultura coreana, por exemplo, possui um padrão de beleza definido por olhos grandes, pele clara e nariz fino e pontudo. A Coreia do Sul é muito conhecida por sua alta pressão estética, elevando o nível de cirurgias plásticas no país.
@aleanjs Eu nao savia se ria ou chorava
♬ 오리지널 사운드 – ale anjos . 알레
Como o contexto social colabora para essa questão?
O contexto social tem o poder de estabelecer associações entre determinadas partes do corpo como características positivas ou negativas. Afinal, quem é que não se sente reforçado quando recebe um elogio de alguém?
Somos influenciados a todo o momento pelas dicas que recebemos à nossa volta. Seja um elogio a uma determinada característica nossa ou de outra pessoa, seja propagandas e marcas indicando o que é “o belo”. E assim, sem pensar muito, criamos a ideia de beleza.
A problemática dessa questão é que essa obsessão pela busca da beleza e as constantes informações sociais (o que as pessoas à nossa volta dizem, propagandas, ídolos e comparação nas redes sociais) podem gerar um sofrimento imenso na aceitação de quem somos e na nossa felicidade, pois tudo isso acaba reforçando que “não somos o suficiente”.
Como a pressão estética afeta a confiança das mulheres?
Como falamos antes, a pressão estética atravessa a todos nós, uma vez que fazemos parte desse contexto e dessa sociedade que tanto exige da nossa aparência física. Então, por mais que busquemos nos desconstruir, ainda temos uma pressão muito intensa de familiares, das redes sociais, do entretenimento que consumimos!
E aqui queremos fazer um parênteses importante: nós, autoras desse texto, sabemos que temos alguns privilégios por estarmos próximas a esse padrão. Mulheres brancas, magras, de um contexto social específico.
A pressão que nós sofremos é diferente de uma mulher preta, por exemplo. Mas isso não significa que não sofremos dessa pressão! Todas nós estamos atravessadas por isso, afetando como nos enxergamos em uma foto, no espelho, dentro de uma relação, em uma roda de conversa.
O padrão é cruel e ele muda constantemente. Portanto, reforçamos a importância de buscar referências diferentes! Ampliar o seu olhar para distintas belezas! Vamos dar dicas incríveis logo abaixo!

Como lidar com a pressão estética?
Lidar com essa pressão pode ser uma tarefa muito desafiadora. Por isso, pensamos em alguns fatores protetivos e cuidados que devemos ter com nós mesmos e as nossas relações.
1 – Cuidado com quem seguimos na internet.
Primeiramente, observar como nos sentimos em relação a ídolos e influenciadores que seguimos pode ser bem importante para o nosso autocuidado.
Note as pessoas que você segue e o quanto isso desperta emoções e pensamentos difíceis. Isso pode ser um sinal importante para pararmos e, então, repensarmos o quão bem essa exposição está me fazendo.
Por isso, separamos para vocês, com muito carinho, algumas influenciadoras da vida real que podem trazer sensações de acolhimento com o próprio corpo. É só clicar na imagem que você pode entrar no perfil delas! Bora seguir mais experiências positivas de aceitação e saúde 🥳


que compilado incrível de mulheres lindas, não é???
2 – Observe suas relações.
Como já vimos anteriormente, os contextos têm muita força na nossa vida, às vezes a ideia de que a aceitação vai vir do céu enquanto nosso contexto está sendo hostil com a gente não é verdadeira.
Em alguns ambientes, nossos pensamentos e emoções dolorosas podem crescer de tamanho. Então, reavalie relações e contextos que você está mantendo, as vezes o afastamento pode ser protetivo para nós. E quando dizemos afastamento, não necessariamente é um afastamento completo.
A gente ter consciência dos momentos em que estamos prontos para lidar com algum tipo de comentário e quando não estamos faz muita diferença para dizermos: “eu não estou bem no dia de hoje para me encontrar com essa pessoa”.
Aliás, isso cabe muito bem para relacionamentos de família, inclusive.
3 – Não poderíamos deixar de lado a nossa querida psicoterapia.
Trabalhar a nossa imagem corporal, autoaceitação, autoestima ou até nossa relação com os nossos pensamentos críticos pode ser extremamente importante para que a gente consiga caminhar em direção a uma vida com mais felicidade e saúde mental.
Clique aqui para dar uma olhada no Therapy Match, nossa forma de conectar você à nossa psicóloga que mais combina com sua personalidade e seus objetivos :).
4 – E por último mas não menos importante, a habilidade de autocompaixão.
Essa habilidade pode ser transformadora e pode ser trabalhada também em psicoterapia.
Às vezes vamos estar em contextos que geram desconforto em nós ou mesmo vamos ter pensamentos e emoções dolorosas sobre nós mesmos. Todos temos esses dias e nos identificamos com isso.
Mas a gente aprender a se acolher e sermos o nosso melhor abraço pode ser o remédio mais poderoso nesses momentos.
“a autocompaixão honra o fato de todos os seres humanos serem falíveis”
Kristin Neff