Da série: descobrindo as abordagens da psico

terapia sistêmica

não vivemos sozinhos no mundo! vou te mostrar que "a fruta não cai longe do pé" & muitas vezes podemos cair padrões chatinhos familiares sem perceber! 

#sistêmica

#família

#casais

Adriana Zilberman

Psicóloga Clínica desde 1989, Diretora, professora e supervisora da Graduação e Pós Graduação do CEFI / FACEFI; Mestre em Psicologia da Personalidade pela PUCRS; Terapeuta EFT Certificada e Supervisora candidata pela ICEEFT (Canadá).

Isadora Rittmann

Isa é a head do Quepaz Stories - ou seja, ela cuida dos conteúdos que surgem aqui -, além de ser uma das psis da plataforma. Esta psi é formada pela PUCRS e especializanda em Terapia Sistêmica pelo CEFI POA. A Isa realiza atendimentos individuais, conjugais e familiares. Legal, né? E, aqui, tudo acontece com transparência! Você pode pesquisar sobre a Isadora Rittmann através do seu CRP: 07/36475

Terapia sistêmica, o que é e quando buscar essa abordagem:

O que é a terapia sistêmica? 

A terapia sistêmica é um tipo de psicoterapia individual, de ca

 

sal, de família, ou de grupo, que aborda as interações e as conexões entre as pessoas em seus diferentes contextos (trabalho,  escola, família…). A sistêmica é indicada, principalmente para os casos de terapias com mais de uma pessoa. Ou seja, de casal ou de família. Afinal, o processo individual de cada pessoa afeta a relação. Assim, o principal conceito da Terapia Sistêmica é:

A “visão sistêmica”, que é um termo utilizado pelos profissionais da área que conclui que “tudo está relacionado com tudo”. O que isso quer dizer? 

Imagine uma família. Existem diversas “realidades” coexistindo no mesmo espaço. O mundo interno (emoções, pensamentos, crenças, memórias e experiências) de cada um dos membros + a relação dos membros entre si + a relação da família como um todo + a relação da família com a sociedade e cultura. Ou seja, existem diversas complexidades para olharmos. Podemos compreender, dessa forma, que o que acontece no mundo interno e no mundo externo (comportamentos e interações) de um indivíduo é atravessado pelo entorno e o contexto em que ele se insere. Portanto, olhar para uma história pensando nas diversas outras histórias que se atravessam é fundamental. 

 

Portanto, nós sistêmicos, sabemos que uma pessoa influenciará e será influenciada por inúmeras (ou até podemos considerar infinitas) diferentes outras “camadas sistêmicas”, ou seja, o mundo interno e externo de outros. 

Dessa forma, nossa lente, como terapeuta sistêmico amplia-se em uma perspectiva multifacetada. Compreendemos que uma situação não deve ser vista por apenas uma perspectiva, mas por vários lados e várias complexidades. Então, ajudando que a pessoa faça as próprias conexões e assim, tenha uma compreensão mais aprofundada e ampla de sua vida e de seus conflitos. Consequentemente, abrem-se portas: novas formas de agir, de tomar decisões, de pensar ou de sentir.  E podemos abrir a possibilidade de mudança de padrões que se repetem nas famílias e suas gerações.) Portanto, não existe apenas uma forma de agir ou pensar frente a uma situação difícil. E isso nos possibilita diversos caminhos e possibilidades diferentes. 

Esta abordagem parte de uma premissa de que precisamos ampliar nossa lente para perceber como nossas ações, movimentos, decisões, etc são impactados pelo meio em que vivemos e vice versa. Pelo nosso passado, presente e futuro em uma espiral integrada e interacional, e assim explorar e expandir aspectos saudáveis, de crescimento e promoção de saúde mental. 

E você pode nos perguntar: quando uma família busca ajuda? 

E, para essa resposta, existem diversos caminhos. Porém, costumamos pensar que é no atravessamento do que é da passagem de tempo e do desenvolvimento familiar, com aspectos passados de geração em geração. A McGoldrick e Carter (1994), duas figuras importantes da sistêmica, apresentam como podemos compreender a dinâmica dos estressores horizontais (de tempo) e verticais (“de geração em geração”) nas diferentes esferas sistêmicas (sociedade, comunidade, família, indivíduo). 

Quem pode ser terapeuta sistêmico? 

Pode ser psicoterapeuta sistêmico qualquer profissional formado em psicologia ou medicina/psiquiatria. Pois é uma abordagem, assim como a Terapia Cognitivo-Comportamental e outras psicoterapias (inclusive, você pode conhecer essas outras formas de compreender uma história humana aqui.). A formação ocorre através de uma aprendizagem integrada de três aspectos: teórica, prática e trabalho pessoal do terapeuta.

Quais os benefícios dessa abordagem? 

Esta abordagem permite que a percepção e a compreensão de como ações e decisões afetam todo o sistema de interações em diferentes áreas da vida, e não apenas uma parte específica, identificando processos que possibilitem tomada de decisões mais conscientes, ampliadas e responsáveis. Esta abordagem pode ser aplicada às relações humanas, permitindo que as pessoas considerem todas as partes do sistema e suas interações, bem como as complexidades destas relações.

A terapia sistêmica pode ajudar as pessoas a desenvolver habilidades para lidar com inúmeras demandas e conflitos de diferentes naturezas, no âmbito pessoal, profissional, dentre outros. A terapia sistêmica também pode ser usada para tratar transtornos específicos, sendo uma das formas de terapia mais indicadas para uso de substâncias e transtornos alimentares como obesidade, anorexia e bulimia. 

Como é uma sessão de terapia sistêmica? 

Em primeiro lugar, é fundamental oferecer um ambiente seguro e confiável para criar um clima colaborativo e de total segurança! Assim, propiciando que a(s) pessoa(s) se conecte(m) com suas emoções, seus dilemas, suas questões sensíveis, sem julgamento, mas oferecendo uma escuta atenta e empática.

É uma terapia muito protocolar. Ou seja, não temos um caminho certo para seguir. Todos nós temos aspectos ocultos em nós. Isso significa que nem sempre temos acesso a tudo que se passa no nosso mundo interno. Muitas vezes, isso se expressa de maneiras além da fala. Através da nossa linguagem não verbal. Por exemplo, numa terapia familiar, o filho senta entre o casal. Existe uma compreensão a ser feita nessa cena. E, por isso, usar a criatividade e a expressão corporal pode ser parte fundamental da sistêmica. 

A terapia sistêmica pode se apresentar de diferentes formatos. Ela se baseia na união de várias abordagens. O uso de recursos de outras abordagens para enriquecer o processo terapêutico, como a utilização de uma técnica específica de Terapia Cognitivo-Comportamental dentro de sessão para uma demanda de ansiedade. Mas é claro, mantendo-se dentro do propósito sistêmico.  O mais importante é o psicólogo atender às diferentes demandas dos seus clientes, não tentando se encaixar em modelos previamente prontos e generalizados. Tornando o processo único e singular. Por isso, torna-se interessante profissionais de outras abordagens possuírem conhecimentos sistêmicos, para nunca mantermos o “todo” distante. 

O terapeuta sistêmico aprende, durante a sua trajetória, que ele possui uma bagagem interna  (de experiências próprias e dos seus estudos) e desenvolve-se a partir das habilidades pessoais. Ou seja, nenhum terapeuta sistêmico possui um “roteiro” a ser seguido. Ele se desenvolve com as próprias habilidades. E, por outro lado, é importante esse terapeuta se manter criativo, criando recursos criativos e únicos para as peculiaridades de cada caso. Isso significa que o terapeuta precisa equipar-se de múltiplas ferramentas, mas também e essencialmente construindo uma postura proativa e atenta para utilizar intervenções que atendam o que o outro (ou outros) precise.  

Outro aspecto característico desse modelo de terapia é a possibilidade da participação de pessoas que possuam algum vínculo de importância com a pessoa em terapia! Como, por exemplo, o cônjuge, o pai, a mãe, ou outra pessoa significativa, sendo de grande utilidade para ampliar o sistema e contribuir para alguma demanda específica do processo terapêutico. 

Qual é o foco da terapia sistêmica? 

O foco principal desta abordagem é a compreensão das relações e suas dinâmicas. Assim, deixando de permanecer em padrões repetitivos e buscando novas respostas e mais adaptativas para problemas  que afetam as pessoas envolvidas nesse sistema. O objetivo geral desta abordagem é aumentar o entendimento, melhorar a comunicação, promover mudanças positivas no comportamento e consequentemente aumentar os recursos para enfrentar os desafios da vida.

Adriana Zilberman

Psicóloga Clínica desde 1989, Diretora, professora e supervisora da Graduação e Pós Graduação do CEFI / FACEFI; Mestre em Psicologia da Personalidade pela PUCRS; Terapeuta EFT Certificada e Supervisora candidata pela ICEEFT (Canadá).

Isadora Rittmann

Isa é a head do Quepaz Stories - ou seja, ela cuida dos conteúdos que surgem aqui -, além de ser uma das psis da plataforma. Esta psi é formada pela PUCRS e especializanda em Terapia Sistêmica pelo CEFI POA. A Isa realiza atendimentos individuais, conjugais e familiares. Legal, né? E, aqui, tudo acontece com transparência! Você pode pesquisar sobre a Isadora Rittmann através do seu CRP: 07/36475

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